Ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub tem publicado nas redes sociais uma espécie de contagem regressiva para a prisão do ex-presidente, alvo de uma série de investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF). Weintraub dedica seu tempo também produzindo vídeos para seu canal no Youtube, nos quais se aventura em fazer análises que preveem a prisão do antigo chefe, de militares e outros ex-aliados bolsonaristas.
“Em menos de 72 horas, ‘cafetão’ estará na jaula. Já estou pronto para as comemorações”, escreveu o ex-ministro em alusão a Bolsonaro, numa mensagem em que aparece com uma taça de espumante nas mãos. “Bolsonaro será preso. Será agora! E você, bolsoleprista, antes de escrever bobagem, escute meus argumentos”, pregou em outro post.
Weintraub foi ministro da Educação até junho de 2020. O motivo de sua saída do governo teria sido o fato de ter pedido a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante uma reunião, num período em que o embate entre o Judiciário e o governo Bolsonaro começava a ficar mais tenso.
Ele saiu do Ministério da Educação e assumiu um cargo na direção do Banco Mundial. Em 2022, Weintraub deixou o banco para se dedicar ao projeto pessoal de disputar o governo de São Paulo, contava em ter o apoio do ex-presidente e dos bolsonaristas, o que não aconteceu. Desistiu desse plano pouco tempo depois.
Ruptura e ameaças
Desde então, o ex-ministro rompeu com o ex-capitão e usa as redes sociais para criticá-lo. Em um vídeo publicado nesta semana em seu canal, o ex-ministro da Educação afirma que seus parentes foram alvo de ameaças de pessoas ligadas ao ex-presidente na véspera de Natal.
Na mesma gravação, também explicou os motivos que o levam a crer que o ex-presidente será preso. Pelos cálculos da esquerda, afirma o ex-ministro, seria arriscado deixar o ex-capitão solto e classifica Bolsonaro como “elemento desestabilizador”. “Bolsonaro vai ser preso pelo risco político. Eles não vão cometer o erro que bolsonarismo cometeu. Por que ele vai deixar um elemento desestabilizador solto?”, avalia Weintraub.